Sesc Sorocaba promove conversa com Silvia Rivera Cusicanqui na
abertura do programa público ‘Sendarias’ da 4ª edição de Frestas –
Trienal de Artes
No dia 19 de agosto, terça-feira, às 20h, o Sesc Sorocaba recebe a socióloga,
historiadora e militante boliviana Silvia Rivera Cusicanqui para a abertura de
Sendarias, programa público da 4ª edição de Frestas – Trienal de Artes. Contará
com comentário crítico de Eduardo Schwartzberg, pesquisador e integrante do
Coletivx Ch’ixi, e a mediação de Luciara Ribeiro, educadora, pesquisadora e co-
curadora da Trienal. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos uma hora antes,
e os lugares são limitados.
Neste encontro, Silvia dialoga com a equipe curatorial sobre o “pensamento ch’ixi”,
conceito inspirado nas cosmovisões andinas que propõe acolher a convivência de
elementos aparentemente contraditórios. Essa perspectiva inspira o tema desta
edição da Trienal, “do caminho um rezo”, que articula uma abordagem anticolonial
entre arte, espiritualidade e política.
O programa público Sendarias — cujo nome é um jogo com “sendas”, evocando
caminhos e atalhos — integra o projeto curatorial da Trienal e propõe práticas
artísticas, educacionais e textuais territorializadas, conectadas a conhecimentos que
sempre estiveram presentes em aldeias, quilombos e outros processos de
comunidades. Sua abertura é marcada por três encontros com pensadores que
orientam a pesquisa e proposta curatorial, compondo um ciclo entrelaçado em
“começo, meio e começo”. O primeiro deles será conduzido por Cusicanqui.
Sobre Silvia Rivera Cusicanqui
Nascida em La Paz, em 1949, Silvia é uma das mais importantes vozes do povo
Aimará e referência internacional nos debates sobre colonialismo, modernidade e
resistência indígena na América Latina. Professora emérita da Universidad Mayor de
San Andrés (Bolívia) e da cátedra de direitos humanos da Universidad Andina Simón
Bolívar (Equador), foi professora visitante em universidades dos Estados Unidos e
América Latina. Fundou o Taller de Historia Oral Andina, coletivo autogerido dedicado
à pesquisa sobre oralidade, identidade e movimentos sociais indígenas e populares
na região aimará, e é cofundadora da Colectiva Ch’ixi. Entre seus livros, destacam-
se Ch’ixinakax utxiwa: uma reflexão sobre práticas e discursos descolonizadores (n-
1, 2021) e Sociología de la imagen: miradas ch’ixi desde la historia andina (Tinta
Limón, 2015).
Sobre Luciara Ribeiro
Educadora, pesquisadora e curadora, mestre em História da Arte pela Universidade
de Salamanca (Espanha) e pela Universidade Federal de São Paulo. Atuou em
diversas instituições de arte e cultura. Atualmente é docente no Departamento de Arte
Visuais do Centro Universitário Armando Álvares Penteado (FAAP).
Sobre Eduardo Schwartzberg
Sociólogo, fotógrafo e músico, mestre em Estudos Culturais pela Universidade de São
Paulo (USP), atualmente é doutorando no programa de Mudança Social e Participação
Política (USP). Integra o Grupo de Estudo e Pesquisa em História Oral e Memória
(GEPHOM) e o coletivo de pensamento e ação livre Coletiva Ch’ixi. Atuou como diretor
da Escola de Artes do Governo Municipal de El Alto (Bolívia) e foi membro do Conselho
das Culturas da cidade de La Paz.
Sobre Frestas – Trienal de Artes
Com o título “do caminho um rezo”, a 4ª edição terá curadoria de Luciara Ribeiro,
Naine Terena e Khadyg Fares, e propõe uma escuta sensível aos saberes
ancestrais de povos indígenas, quilombolas e outras ditas comunidades tradicionais,
inspirada em conceitos como “o caminho é um rezo” presente nas cosmovisões
Kaingangs, o Thaki, das experiências andinas e as Confluências Afropindorâmicas
entre quilombos, aldeias e formas comunitárias anticoloniais politeístas. A proposta
entende os caminhos e os rezos como gestos espirituais, políticos e de construção
de conhecimento, dialogando também com reflexões articulandas entre arte e
educação e suas forças de transformação social.
As edições anteriores tiveram temas como “O que seria do mundo sem as coisas
que não existem?” (2014, curadoria de Josué Mattos), “Entre Pós-Verdades e
Acontecimentos” (2017, Daniela Labra) e “O rio é uma serpente” (2021–2022,
Beatriz Lemos, Diane Lima e Thiago de Paula Souza), reunindo artistas nacionais e
internacionais, ocupando espaços culturais e públicos, e abordando questões
decoloniais, indígenas e afro-brasileiras.
SERVIÇO
Conversa com Silvia Rivera Cusicanqui (BOL)
Terça, dia 19/8, às 20h.
Classificação livre. Grátis. Lugares limitados.
Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência.
Sesc Sorocaba
Rua Barão de Piratininga, 555 – Jardim Faculdade.
Fone: (15) 3332-9933.
Prefira o transporte público
Terminal São Paulo
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Linha 71: Campolim via Raposo Tavares
Terminal Santo Antônio
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