Com 13º salário e despesas de fim de ano, especialista detalha práticas para evitar endividamento e organizar o início de 2026
O fim do ano costuma pressionar o orçamento das famílias brasileiras, seja por causa das compras de Natal, festas, viagens ou do aumento de ofertas e facilidades de parcelamento. Essa combinação, somada ao recebimento do 13º salário, amplia a sensação de segurança financeira e incentiva gastos impulsivos. Para ajudar a organizar o orçamento nesse período, Luciene de Souza Veiga, docente da área de Gestão e Negócios do Senac Sorocaba, traz orientações práticas sobre como planejar os gastos, quais erros devem ser evitados e por que o controle financeiro é decisivo para começar 2026 com mais estabilidade.
Ao explicar como organizar o uso da segunda parcela do 13º salário, paga até 20 de dezembro, Luciene destaca uma divisão prática que tem ajudado muitas famílias. “Uma estratégia que funciona é distribuir o valor em 50% para dívidas, 30% para reserva ou investimentos e 20% para consumo consciente”, diz. Segundo ela, essa proporção pode ser ajustada conforme a realidade de cada núcleo familiar, mas funciona como orientação para evitar que o dinheiro seja utilizado sem critério e também reforça a importância de pesquisar preços, definir um teto de gastos e evitar compras por impulso.
Os erros mais comuns acontecem quando as pessoas confundem desejo com necessidade e ignoram compromissos de início do ano. “Muita gente gasta por impulso e acaba esquecendo que janeiro traz despesas inevitáveis, como, por exemplo, IPVA e material escolar”, afirma Luciene. Ela reforça que atitudes simples como estabelecer limites, revisar prioridades e planejar compras com antecedência podem evitar o endividamento e garantir um início de ano mais equilibrado.
Luciene orienta ainda que as famílias busquem antecipadamente os valores aproximados das despesas de início de ano, como impostos e materiais escolares, e mantenham o hábito de anotar e acompanhar os gastos. Para ela, esse controle diário aumenta a clareza sobre o orçamento e facilita a tomada de decisões.
De acordo com a 17ª edição da pesquisa Observatório Febraban, a maioria dos brasileiros (55%) admite que entende pouco (40%) ou nada (15%) de educação financeira, mas reconhece que o tema é muito importante e afirma ter alguma atenção com o acompanhamento e o controle das finanças pessoais. Por isso, para quem deseja entender mais sobre o assunto, a docente destaca que o Senac Sorocaba mantém ações e cursos voltados ao tema. “O Senac oferece atividades sobre organização e controle das finanças; o curso livre Finanças para Não Financeiros, com 16 horas de duração; e cursos técnicos que incluem conteúdos relacionados às finanças pessoais e corporativas”, conclui.
Senac Sorocaba
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