Dia Nacional da Educação Infantil: Apenas 56% das crianças brasileiras estão plenamente alfabetizadas

Dia Nacional da Educação Infantil: Apenas 56% das crianças brasileiras estão plenamente alfabetizadas

A leitura em casa se mostra como uma ferramenta para auxiliar que crianças possam ter contato com as palavras logo nos primeiros anos de vida

A alfabetização de crianças ainda segue como um desafio no Brasil. Segundo dados do 1º Relatório de Resultados do Indicador Criança Alfabetizada, realizado pelo Ministério da Educação (MEC), apenas 56% das crianças brasileiras que estudam nas redes públicas alcançaram o patamar de alfabetização definido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para o 2º ano do ensino fundamental.

O Indicador Criança Alfabetizada é calculado a partir dos dados apurados pelos estados em 2023, tendo contado com a participação de 85% dos alunos das redes públicas brasileiras.

O estado de São Paulo apresentou uma queda nos últimos anos no índice, que passou de 60% de crianças alfabetizadas na primeira etapa do ensino básico, em 2019, para 52%, em 2023. A meta do governo federal é que todos os estados cheguem ao índice de 80% até 2030.

Além da alfabetização nas escolas, muitos pais recorrem a estratégias para estimular a prática da leitura dentro de casa, o que ajuda no desenvolvimento das crianças. É na primeira infância que os pequenos aprendem a decodificar palavras, além de desenvolver a compreensão da linguagem escrita, para poderem interpretar textos com facilidade.

Isso reflete no comércio. A Papelaria e Livraria Pedagógica conta com diversos títulos que ajudam nesse sentido, sendo que os livros de alfabetização e pedagógicos representam 15% das vendas editoriais. “É um estímulo que auxilia para que as crianças possam começar os primeiros anos de vida tendo contato com histórias e o mundo das palavras”, destaca Nivaldo Pereira, diretor da livraria.

Leituras todas as noites

O casal de empresários Felipe Martins Silva Freitas, 34 anos, e Maiara Fontes Gonçalves Freitas, 32, costumam ler histórias todas as noites para os seus filhos, Liz, 8 anos, e Léo, de 3. “Isso acontece desde quando eles tinham meses de vida”, declara Felipe.

As crianças gostam muito de literatura infantil e cristã, com histórias que trazem ensinamentos do cotidiano e de relações humanas.

“A Liz, por exemplo, sempre folheou muito os gibis, e vimos que a leitura dela foi muito rápida. Ela lê com muita facilidade e sempre pede para eu comprar livros pra ela. Com 8 anos, ela já leu seu primeiro livro sozinha. Na escola dela teve um projeto de leitura onde ela ganhou uma medalha de Super Leitora, já que foi a que leu mais páginas no ano”, relata o empresário.

Felipe e Maiara sempre tiveram o hábito da leitura, o que ajudou a transmitir esse gosto pelos livros aos seus filhos. “Os pais precisam ler para as crianças, aumentar o imaginário delas, entrar na história, imitar as vozes, interagir com as ilustrações, mostrar o quão engraçada e divertida é a leitura. Isso faz toda a diferença na formação e na construção da criança como leitor, auxiliando no aprendizado e na bagagem cultural”, complementa Felipe.

Aumento da criatividade

Na casa dos empresários José Renato Oliveira, 38 anos, e Jéssica Priscila Cavalcanti de Oliveira, 31, a leitura também começou desde cedo, com eles apresentando livros interativos para o pequeno Joaquim.

“Desde quando ele tinha 4 meses já brincava com livros, aqueles de banho, e depois começamos a comprar os mais interativos, que aperta, faz barulho, tem textura. Conforme foi ficando maior, começamos com as histórias mais longas. Quando era bebê era algo mais sensorial”, afirma Jéssica.

Eles sentem que essa interação com os livros melhorou bastante o desenvolvimento de Joaquim, se mostrando uma criança bastante criativa. “Vemos em casa que ele é muito criativo. Quando ele cria as brincadeiras, ele coloca pedaços das histórias que leu nos livros. A leitura aguça muito a criatividade, aumenta o vocabulário e desenvolve bastante a concentração”, ressalta José Renato.

Muitas opções no mercado

O mercado de livros tem dado cada vez mais opções para o estímulo à leitura das crianças, com histórias que aguçam os sentidos dos pequenos desde os primeiros meses de vida. A Papelaria e Livraria Pedagógica traz alguns exemplos, que podem auxiliar os pais durante o período crucial de alfabetização de seus filhos:

Escreva e Apague Cores: Nesse livro, a criança pode escrever e apagar quantas vezes quiser, então é um livro muito bom pra ela treinar os desenhos e desenvolver a cognição.

Primeiros Números: A criança aprenderá os números de 1 a 10 com animais divertidos, rimas e muitas atividades.

Meu Grande Livro de Coordenação Motora: Este é um importante livro de treino motor, que auxilia no processo inicial de escrita de forma lúdica e dinâmica. Contém uma combinação fantástica de atividades, que podem ser exercitadas várias vezes, escrevendo e apagando.

Como Guto se Sente: Um livro lúdico para dar início à alfabetização emocional da criança, contendo dicas para ajudar os pais e educadores na importante missão sobre como lidar com sentimentos e emoções. Ao observar as situações apresentadas no livro, identificar, nomear e encaixar as peças dos sentimentos, a criança é convidada a refletir, compartilhar e conversar sobre o que sente. Isso lhe trará autoconhecimento, bem como compreensão do mundo ao seu redor e, consequentemente, experiências de bom convívio.

1 2 3 Roarr!: Lá na selva, como se conta até dez? O livro ajuda a criança a aprender a contar, com textos rimados e envolventes, com páginas para espiar e personagens de animais destemidos.

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