Dia Mundial Sem Tabaco reforça os riscos do fumo passivo, terceira maior causa de morte evitável no mundo

Dia Mundial Sem Tabaco reforça os riscos do fumo passivo, terceira maior causa de morte evitável no mundo

O Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, é um alerta global sobre os perigos do tabagismo — e não apenas para quem fuma. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, ficando atrás apenas do tabagismo ativo e do consumo excessivo de álcool. Pessoas que convivem com fumantes têm até 30% mais risco de desenvolver câncer de pulmão em comparação àquelas não expostas à fumaça do cigarro.
 

Diversos tipos de câncer ligados ao cigarro
 

A maioria das pessoas associa o cigarro apenas ao câncer de pulmão, mas ele está relacionado a muitos outros tipos de câncer. De acordo com a oncologista Bruna Carone, médica do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), o tabagismo também está ligado ao surgimento de outras variedades de câncer de cabeça e pescoço (como boca, língua, laringe e faringe), esôfago, bexiga, pâncreas e até mesmo leucemia mieloide crônica.
 

A médica ainda alerta que existem tipos de câncer ginecológicos e urológicos influenciados diretamente pelo cigarro. “O cigarro aumenta a chance de câncer de útero. Ele também está associado ao câncer do colo do útero, porque dificulta o clareamento do vírus do HPV. Dos cânceres urológicos, ele é o principal fator de risco para o câncer de bexiga, além de estar associado ao câncer de rim e ureter”, afirma.
 

Os perigos do fumo passivo
 

No caso dos fumantes passivos — que inalam a fumaça liberada por outras pessoas — os riscos são igualmente sérios. “Fumo passivo é conviver com quem fuma e inalar as substâncias expelidas pela pessoa que está fumando. Ele também é perigoso porque você inala substâncias deletérias e cancerígenas”, ressalta Bruna. Os perigos incluem desde doenças pulmonares e cardiovasculares, como AVC, infarto e tromboses, até diversos tipos de câncer.
 

Os danos causados pelo cigarro nem sempre são perceptíveis de imediato. “Rouquidão, falta de ar e perda de apetite são alguns sinais que merecem atenção em quem fuma. Mas, muitas vezes, o corpo não dá nenhum sinal, e ainda assim está sendo danificado pelo cigarro”, alerta a médica.
 

Os danos causados podem ser revertidos?
 

Apesar do impacto negativo à saúde, a boa notícia é que os danos podem ser parcialmente revertidos ao parar de fumar. “A partir de cinco anos sem cigarro já temos redução significativa do risco de doenças cardiovasculares e pulmonares. Com dez anos, o risco de câncer também diminui, e após 20 anos, esse risco se reduz ainda mais”, informa Bruna.
 

Para quem deseja abandonar o vício, atualmente existem métodos eficazes e acessíveis. “A maioria dos pacientes precisa de um acompanhamento multidisciplinar. Mas hoje temos adesivos, medicações e grupos de apoio bem estabelecidos que auxiliam nesse processo”, afirma a oncologista.
 

Abordagens de tratamento
 

O tratamento dos diferentes tipos de câncer relacionados ao tabagismo varia conforme a localização, o estágio da doença e as condições clínicas do paciente. De forma geral, as abordagens incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapias-alvo e imunoterapia. A médica reforça que o diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de sucesso no tratamento, ressaltando a importância da prevenção.
 

Sobre o Instituto de Oncologia de Sorocaba

Referência há 30 anos em quimioterapias e infusões oncológicas e não oncológicas, o Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), junto com o Hospital Evangélico de Sorocaba, integra o hub Sorocaba da Hospital Care, uma das maiores administradoras de serviços de saúde do país.

O Instituto possui uma equipe multidisciplinar altamente capacitada formada por médicos, farmacêuticos, nutricionista, psicóloga e enfermeiros. Com estrutura completa, conta com quartos individuais e acolhedores e atendimento humanizado.

O IOS tem acreditação internacional de qualidade pela ACSA (Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía) desde 2021. Foi a segunda instituição de oncologia no país a obter esta certificação.

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