Câncer de fígado: sintomas que não devem ser ignorados

Câncer de fígado: sintomas que não devem ser ignorados

O câncer de fígado é um dos mais silenciosos e desafiadores quando o assunto é diagnóstico precoce. Com 10 mil novos casos a cada ano no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a conscientização é importante para alertar a população sobre os sinais que merecem atenção, especialmente em pessoas com fatores de risco, como hepatites crônicas, cirrose ou consumo excessivo de álcool.


De acordo com Frederico Augusto Pinho Rocha, médico do Instituto de Oncologia de Sorocaba, o principal motivo para o diagnóstico tardio é justamente o caráter discreto da doença nos estágios iniciais. “Os sintomas iniciais são muito leves ou até ausentes, passando despercebidos. Muitas vezes, o diagnóstico só ocorre quando a doença já cresceu o suficiente para causar sintomas mais evidentes ou quando surgem complicações, como líquido na barriga, pele e olhos amarelados ou dor local. O tumor geralmente evolui silenciosamente”, explica o oncologista.


Sinais que merecem atenção imediata


Embora o início seja silencioso, o corpo costuma dar sinais de alerta quando o câncer de fígado avança. Entre os sintomas que exigem investigação médica estão:


– Icterícia (pele e olhos amarelados);
– Ascite (aumento do volume abdominal por acúmulo de líquido);
– Dor ou desconforto persistente na parte superior do abdômen;
– Perda de peso inexplicada e falta de apetite;
– Cansaço intenso sem causa aparente;
– Caroço palpável na barriga.


Além desses sintomas mais evidentes, o especialista destaca que há sinais sutis que também não devem ser ignorados, especialmente por quem tem histórico de doenças hepáticas. “Perda de apetite progressiva, cansaço fora do habitual, sensação de estômago cheio muito rápido e um leve desconforto na barriga que não passa podem parecer detalhes mas, em pessoas com risco aumentado, merecem investigação”, alerta Dr. Frederico.


Como diferenciar de outras doenças


Os sintomas do câncer de fígado podem ser confundidos com problemas digestivos, como gastrite, pedra na vesícula ou doenças do intestino. No entanto, há características que ajudam na diferenciação, já que a doença envolve sintomas progressivos, associação com doença hepática e achados em exames. Os exames de imagem — como ultrassom, tomografia ou ressonância — podem identificar nódulos com padrão típico de vascularização, e exames de sangue, como a dosagem de alfa-fetoproteína (AFP), auxiliam na investigação, embora não sejam específicos.


Fatores de risco e diagnóstico


O câncer de fígado pode atingir qualquer pessoa, mas o risco é maior em quem apresenta condições hepáticas crônicas. Entre os principais fatores estão: Hepatites B e C crônicas; cirrose (causada por álcool, gordura no fígado, doenças autoimunes ou metabólicas); esteato-hepatite não alcoólica (associada à obesidade e ao diabetes); consumo excessivo de álcool; exposição a aflatoxinas (toxinas de fungos em alimentos mal armazenados) e histórico familiar.

Para pessoas com maior risco, o oncologista reforça a importância do rastreamento regular. “O ultrassom abdominal a cada seis meses, associado à dosagem de alfa-fetoproteína, é essencial para detectar lesões pequenas, em fase inicial, quando o tratamento é mais eficaz, inclusive com possibilidade de cirurgia curativa ou transplante”, finaliza.


De acordo com o médico Frederico Augusto Pinho Rocha, o principal motivo para o diagnóstico tardio é justamente o caráter discreto da doença nos estágios iniciais

Sobre o Instituto de Oncologia de Sorocaba


Referência há 30 anos em quimioterapias e infusões oncológicas e não oncológicas, o Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), junto com o Hospital Evangélico de Sorocaba, integra o hub Sorocaba da Hospital Care, uma das maiores administradoras de serviços de saúde do país.

O Instituto possui uma equipe multidisciplinar altamente capacitada formada por médicos, farmacêuticos, nutricionista, psicóloga e enfermeiros. Com estrutura completa, conta com quartos individuais e acolhedores e atendimento humanizado.

O IOS tem acreditação internacional de qualidade pela ACSA (Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía) desde 2021. Foi a segunda instituição de oncologia no país a obter esta certificação.

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